A previsão era de chuva, até de tempestades. Mas o domingo começou com tempo bom, sem muito sol e nem chuva. Parecia um presente, um prenúncio do belo dia de festa e celebração em honra a Nossa Senhora Aparecida. Na Diocese de Montenegro, Nossa Senhora Aparecida também é lembrada com muito carinho e devoção no Santuário Nossa Senhora Aparecida do Sul. Ligado como parte da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em São Sebastião do Caí, o Santuário tem, ao passar dos anos, se tornado um ponto de encontro e de devoção. Neste ano, além de ser o ponto de final na Romaria, o Santuário também reuniu movimentos marianos da Diocese que, juntos, preparam o Jubileu dos Movimentos Marianos. Está foi mais uma celebração diocesana do Ano Santo de Jubileu da Esperança.
No Santuário, imagem de Nossa Senhora é um dos muitos locais de manifestação de fé e devoção
Já desde cedo, quando romeiros dos diversos cantos da Diocese se preparavam para iniciar a peregrinação, a comunidade do Santuário trabalhava para bem receber todo mundo. Para Leni Valquíria de Lima, o dia 12 de outubro e as celebrações no Santuário fazem parte de sua história. “Vivo na Conceição (em São Sebastião do Caí) há 35 anos e há 33 venho celebrar aqui. O que mais me motiva ao trabalho na Romaria são as pessoas que se unem. Hoje, quando chegava a procissão, encontrei um senhor que trabalhou na festa em 1980. Tudo isso, este esforço e devoção, nos faz compreender a fé”, observa.
Embora fiéis viessem das 30 paróquias da Diocese, o ponto inicial da Romaria era a Igreja Matriz na Conceição. De lá, o povo, carregando a imagem de Nossa Senhora Aparecida e também a imagem peregrina de São João Batista, padroeiro da Diocese e que neste ano de jubileu tem passado pelas paróquias, subiu até o Santuário. E quem chegava ao Santuário via mesmo um encontro de gerações. No caixa, o jovem Guilherme Bonato, como bom contador que é, estava focado no trabalho. Mas, quando ele começou a participar da Comunidade era ainda um piazinho. “Participo da Romaria há uns 15 anos, desde que entrei no CLJ da Paróquia da Conceição. Hoje, estou ajudando aqui na diretoria. O que me motiva nestes momentos é o amor, isso que me alimenta”, conta.
Cerca de duas mi pessoal participaram da Romaria até o Santuário
Assim que os romeiros chegaram, por volta das 10h, iniciou-se uma celebração eucarística. A manhã ainda encerrou com um momento cultural. Após o almoço, um merecido descanso nas sombras das belas árvores do Santuário, um momento mariano, com orações e testemunhos encheu o povo de emoção. “O CLJ ainda fez uma belíssima encenação do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida Foi muito bonito e antecedeu o momento da Coroação de Maria”, acrescenta o padre Jonas Gomes, coordenador de Pastoral da Diocese. As celebrações encerram no meio da tarde, com a benção de envio.
CLJ representou o momento em que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada
O bispo Diocesano, Dom Carlos Romulo, resumiu esse domingo como “um dia muito especial”. “O encontro dos movimentos marianos, em comunhão com a Romaria de Nossa Senhora Aparecida, se tornou uma bela experiência de fé e esperança. Tenho certeza de que todos os romeiros voltaram para as suas casas e paróquias como peregrinos de esperança”, completa o bispo.
Celebração eucaristica ocorreu logo na chegada dos romeiros ao Santuário
Romaria foi enriquecida com experiência jubilar
Dom Carlos ainda destaca que, “a cada ano que passa, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida do Sul vai se tornando uma expressão de comunhão com representações de todas as paróquias da Diocese”. Neste ano, a Romaria chegou a sua 43ª edição. O padre Jonas Gomes, coordenador de Pastoral, observa que este é um evento consolidado na Diocese e que a celebração jubilar se uniu a ela. “Já desde as 8 da manhã nos reunimos na Igreja São Sebastião, no centro do Caí e ali fomos até a Igreja da Conceição numa procissão de carros antigos, outra tradição na Romaria”, acrescenta Jonas.
Enquanto os carros antigos se alinhavam na frente da São Sebastião, grupos do Movimento Cenáculo de Maria vindos de Harmonia, Pareci Novo e Bom Princípio já se deslocavam em caminhada até o centro do Caí. Juntos, todos seguiram para a Conceição. Vagner Schlindwein foi um dos cenantes que veio de Bom Princípio. Há quatro anos ele participa da Romaria. “É um momento muito bacana para compartilhar com os irmãos. Me sinto mais forte aqui com os irmãos. Nossa Senhora é muito importante em nossa vida, agradecemos muito”, diz.
Turma do Cenáculo de Maria reunida na Igreja do Santuário
Além do Cenáculo de Maria, o Apostolado do Rosário e das zeladoras de capelinhas de Nossa Senhora completavam os movimentos marianos em destaque neste jubileu. Solange Martins é zeladora da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, na Timbaúva, em Montenegro, e participou da celebração. Ela recorda que, quando criança, viu um capelinha na casa de uma dia e pensou “um dia, quero receber a Nossa Senhora assim em minha casa”. O tempo passou e ela não só recebe a capelinha como ainda coordena e anima um grupo de zeladoras.
Apostolado do Rosário conduziu momento de oração
Adelaide Cisco tem a mesma função na cidade de Barão, na Comunidade São José, Paróquia São Pedro da Serra. “Quando foi para Aparecida me comovi com a devoção dos fiéis e senti que e senti que precisava fazer isso pela minha comunidade”, recorda. O desejo foi acolhido pela pároco de sua comunidade e hoje ela celebra: “é lindo vermos a devoção de famílias. Quando não recebem, logo perguntam porque não chegou a capelinha”.
Zeladoras de capelinhas reunidas na benção de envio
As celebrações do Jubileu da Esperança ainda seguem na Diocese de Montenegro. A próxima será o Jubileu das Crianças, no dia 9 de novembro, no Seminário Menor São João Vianney, em Bom Princípio.